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A Caixa anunciou no último dia 10 que os próximos ocupantes das vice-presidências da empresa serão escolhidos em processo seletivo externo, coordenado por consultoria privada. O processo, que poderá contar com a participação de funcionários de carreira, tem como foco trazer “quadros” do setor privado ou “mercado” para a direção.

A justificativa para o modelo segue a mesma de iniciativas anteriores, como a tentativa de transformar a Caixa em S.A: que vai modernizar a gestão, a governança, a transparência... Os argumentos dos representantes do governo no CA desmerecem a evolução das regras de governança, de políticas de compliance avançadas e reconhecidas em prêmios e certificações.

Operação deverá ir para as mãos de empresas estrangeiras; hoje quase metade da arrecadação das loterias é destinada a fundos sociais

O governo Temer marcou para 4 de julho o leilão da Loteria Instantânea Exclusiva, a Lotex, administrada pela Caixa. A venda integra o Programa Nacional de Desestatização, com as empresas participantes disputando um contrato de 15 anos no lance mínimo de R$ 542 milhões. Há informações de que grupos da Itália, Portugal, Grécia e EUA manifestaram interesse. E, apesar da decisão controversa, o governo determinou que a Caixa não deverá participar do leilão.

Recursos foram usados para investimentos em saneamento básico e habitação popular, entre outros: essas demandas, sim, são a maior dívida social do governo