Mesmo vivendo novamente em meio a especulações e ameaças de privatização, a Caixa tem aprovação de seus empregados e da sociedade brasileira. É o que revelam duas pesquisas distintas, encomendadas pela Fenae e pelo próprio banco, e que trazem entre seus recortes a qualidade do trabalho e do atendimento; o reconhecimento da marca e o repúdio à venda da instituição centenária.

O primeiro estudo, feito pelo Vox Populi para a Fenae, aconteceu entre 20/07 a 09/08 de 2018, tendo como público-alvo trabalhadores do banco em diferentes níveis hierárquicos pelo País. Baseado em 1.501 entrevistas, revela que, de modo geral, eles gostam de trabalhar na Caixa: para 90% é bom ou muito bom, enquanto 80% consideram melhor do que em um banco privado e 79% querem desenvolver ali a carreira profissional.

Os principais pontos positivos revelados foram a estabilidade no emprego (23%), benefícios (16%), salário (14%) e relacionamento entre as pessoas/ambiente profissional (10%). Já entre os negativos a sobrecarga de serviços/poucos funcionários (18%) e a cobrança para o cumprimento de metas (15%). No recorte hierárquico, o nível gerencial aponta ainda defasagem tecnológica/falta de inovação.

Um alerta que não pode ser ignorado diz respeito à insatisfação com o plano de saúde e a possibilidade de ascensão profissional (em ambos o percentual é de 23%), além do volume de trabalho (36% de insatisfeitos). É, na verdade, um raio-X que expõe muitas das questões que constam da pauta do movimento sindical, tais como a necessidade de contratações, melhores condições de trabalho e de tecnologia.

Outro dado que aponta que estamos no caminho certo é o item privatização: a rejeição atinge 89,6%. Ou seja, a maioria reconhece e respeita o papel público da instituição. Um forte estímulo para meu trabalho como conselheira, pautado pela defesa da Caixa pública, de seus trabalhadores e do desenvolvimento do Brasil.
Como empregada do banco também não posso deixar de destacar o segundo estudo, encomendado pela própria Caixa. Foram ouvidas 2.541 pessoas (clientes Caixa e de outros bancos), em entrevistas domiciliares e face a face em todo o Brasil, em novembro de 2017.

As respostas às questões, que firmam comparativos com a concorrência, revelam a Caixa como a primeira marca que vem à cabeça quando se fala em banco (para 69,9%). Uma pergunta bastante curiosa - “Se cada banco fosse uma pessoa, como essa pessoa seria?” - também a coloca como empresa das mais democráticas, associada a pessoas de todas as faixas etárias e de ambos os sexos: é, de fato, a Caixa para todos, como queremos e defendemos.

Ainda há muito a melhorar, mas é compensador saber que a sociedade brasileira traz a Caixa em sua memória afetiva, renovada a cada geração, além de reconhecer e aprovar o desempenho de seus empregados, que são, na realidade, seu principal patrimônio. E é essa Caixa, pública e respeitada por todos, que continuaremos a defender para o Brasil.