Em audiência pública na Câmara dos Deputados realizada na última segunda-feira (9), e transmitida ao vivo a pedido de entidades e deputados para discutir a ampliação de contratação de empregados do último concurso da Caixa, o representante da direção do banco comparou a Caixa a uma fintech, para justificar que não há necessidade de contratação de mais empregados.
A Caixa, empresa pública centenária, que tem a maior carteira habitacional do mundo, e é a maior gestora de programas sociais do Brasil, com maior capilaridade em pontos de atendimento não pode, em hipótese alguma, ser comparada com o trabalho executado por uma fintech ou banco digital. Não existe nenhuma similaridade entre essas instituições.
A fala de representante da direção do banco contribui para alertar a sociedade e as entidades para a necessidade de retomar o debate sobre a importância da Caixa Pública.
Para que a Caixa se mantenha sustentável e íntegra para os próximos anos (e não virar Fintech), é urgente investir em Pessoas, em tecnologia, melhorar os controles internos, transparência e governança, e principalmente, garantir formação adequada para dirigentes e empregados, que devem ser despertados para o espírito público e o compromisso com o patrimônio do Povo Brasileiro. Disponibilizo meu livro: Caixa, bancos dos brasileiros, lançado em 2018, para quem deseja conhecer melhor a história do banco. Está disponível no meu site gratuitamente: www. ritaserrano.com.br