Iniciativa faz parte do programa “Mulheres de Favela”
A presidenta da CAIXA, Rita Serrano, inaugurou na tarde desta sexta-feira, 28, o segundo laboratório de inovação social da CAIXA. Localizado no Subúrbio 360, em Coutos, em Salvador, o espaço é parte do projeto “Mulheres de Favela” e acontece em parceria com a CUFA - Central Única das Favelas. Estiveram presentes na cerimônia a secretária estadual de Política para Mulheres da Bahia, Elisângela Araújo, a secretária Municipal de Política para Mulheres, Infância e Juventude, de Salvador, Juliana Lordelo, o conselheiro nacional da CUFA, Preto Zezé, acompanhado da presidenta e vice-presidente da entida Kaline Lima e Márcio Lima, a liderança local Vera Lúcia Guimarães,o diretor Superintendente SEBRAE Salvador, Vitor Lopes e Cintia Bittencourt, diretora do Subúrbio 360 além de outras lideranças locais.
De norte a sul do Brasil é comum que os lares sejam conduzidos por mulheres, nas comunidades o índice chega a 60% de famílias chefiadas por mulheres. Neste sentido, é fundamental a criação de oportunidades para o desenvolvimento e capacitação profissional e consequente autonomia financeira. A liderança local, da organização La Pérola de Cristo, que acolhe pessoas em situação de abuso sexual, defendeu o desenvolvimento profissional como complemento do trabalho social “A gente descobriu que o acolher não é só ofertar comida e uma cama, a gente precisava da parceria da capacitação”, afirmou.
A ocupação por mulheres em espaços de lideranças pode ser decisiva para construção de programas que, de fato, gerem impacto. Foi o que defendeu Juliana Lordelo, secretária da Mulher, Infância e Juventude, “São essas mulheres , que representam esta comunidade, junto com outras mulheres que estão trabalhando pelas mulheres que fazem toda a diferença”.
O programa tem como objetivo promover o empreendedorismo feminino, a capacitação e informação, a proteção e a qualidade de vida por meio da independência econômica das mulheres, criando condições para que saiam de situações de vulnerabilidade e violência, contribuindo de forma potente para a redução da desigualdade social. Ressaltando que, de acordo com a ONU, os esforços de alcance do ODS 5 – Igualdade de Gênero são transversais a toda agenda 2030, pois têm efeitos multiplicadores em todos os aspectos do desenvolvimento sustentável neste sentido. A presidenta da CAIXA, Rita Serrano, defendeu que com estes objetivos, “A CAIXA vem cumprir sua missão de melhorar a vida das famílias, valorizar a comunidade local, propiciar o desenvolvimento local, trazendo formação e possibilidade que as mulheres possam ser empreendedoras, possam gerar renda, ter emprego”.
O conselheiro da CUFA, Preto Zezé, afirmou que programas como Mulheres de Favela tem a capacidade de quebrar paradigmas. “A gente imagina um banco como uma burocracia . Um lugar distante, que que a gente vai pra pagar boleto no fim do mês e ficar sem dinheiro.A gente poder ter a CAIXA tocando uma nova forma de acolher as pessoas, de direcionar o seu investimento, é fundamental.. Eu espero que a passagem da Rita faça da CAIXA o banco que empoderou mais mulheres nas favelas do Brasil”, finalizou..
Mais sobre o Mulheres de Favela
O primeiro laboratório de inovação social foi inaugurado no Complexo da Penha, no Rio de Janeiro, dentro da celebração do mês das Mulheres. A última inauguração está prevista para maio em Heliópolis, São Paulo. A fase inicial do programa, que contempla os três laboratórios, além de pesquisas e trilhas digitais de capacitação, prevê o investimento de R$ 16 milhões do Fundo Socioambiental e o projeto piloto é executado pela Impact Hub.
As mulheres foram as protagonistas do desenvolvimento da estratégia do programa por meio de visitas às localidades e escuta ativa das moradoras, propiciando o entendimento das necessidades reais e caminhos possíveis para as soluções. Conheça a programação completa dos cursos e oficinas aqui.