8 de março dia de reflexão e celebração.
De 1930 (quando do primeiro movimento feminista) para cá, tivemos avanços. Sem dúvida, o olhar da sociedade para a mulher mudou. Passamos, de fato, a sermos reconhecidas e termos voz. Por isso, o dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, é para ser, sem dúvida, celebrado.
Apesar do avanço, ainda sofremos. Somos vítimas de abusos e violência gratuita. Segundo pesquisa do Datafolha, encomendado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, a cada um minuto, oito mulheres no Brasil foram agredidas fisicamente, psicologicamente ou sexualmente em 2020.
Essa violência enraizada na sociedade é vista até nos mais altos escalões. Semana passada, o deputado paulista Arthur do Val, também conhecido como Mamãe Falei, disse que as mulheres ucranianas são fáceis porque são pobres.
Toda essa violência tem diversas consequências e desdobramentos. Entre elas, as relações trabalhistas. Na Caixa, onde represento os empregados no Conselho de Administração (CA) da Caixa, apenas duas mulheres têm assento no conselho. Por muito tempo, fui a única mulher no colegiado de oito membros.
No banco, apenas 28% das mulheres ocupam cargo de chefia e 45% função gerencial. Sabe-se que, de modo geral, as mulheres ganham menos do que os homens apesar de desempenharem a mesma atividade e serem mais qualificadas.
O caminho para uma sociedade mais justa, por paz, pelo fim da violência, pela igualdade e justiça social é longo. Mas, não podemos desistir. É preciso resistir! Seguimos juntas! Continuar a luta é necessário.