No início da noite, a partir das 19h, também tem live sobre papel dos bancos públicos
O podcast da conselheira da Caixa Rita Serrano retoma nesta segunda, 4 de maio, a questão das condições de trabalho no banco, onde são extensas as filas e aglomerações para recebimento do auxílio-emergencial. Para Rita a situação é um retrato da grave crise social, política e de saúde por que passa o Brasil durante a pandemia do coronavírus – ouça íntegra no link
Entre os pontos destacados estão:
– desinformação: há necessidade de que o governo federal atue para oferecer um atendimento digno à sociedade, já que o decreto que estabeleceu o auxílio emergencial traz contradições, restringiu o acesso a quem pode utilizar internet e faz com que a maioria dos que estão nas filas busquem apenas por informações.
– falta de planejamento: a demanda dos que procuram pelo auxílio é muito maior do que a estimada pelo governo federal, o que denota desconhecimento e falta de planejamento. Parcerias deveriam ser efetuadas com governos estaduais e/ou municipais.
– importância de compartilhamento: outros bancos poderiam compartilhar do serviço de pagamento, reduzindo as filas e riscos para todos (bancários e sociedade).
– distribuição de máscaras – é fundamental a distribuição de máscaras. A Caixa distribui a seus empregados, mas o governo deveria oferecer aos que estão nas filas.
– agilidade x improviso – o banco foi ágil na elaboração de aplicativo, mas adotou medidas de improviso ao estabelecer o funcionamento de agências no final de semana sem a devida comunicação com a sociedade.
– tentativa de readequação – a Caixa anuncia que todas as agências abrirão duas horas mais cedo a partir dessa semana, que serão contratados mais vigilantes e recepcionistas e que mais de 3 mil funcionários serão realocados. São medidas importantes e já reivindicadas pela conselheira e movimento sindical, mas podem se tornar menos efetivas pela falta de planejamento do governo.
– relatos de violência – há relatos de agressões a empregados do banco, em especial em Manaus (AM), onde são altos os índices de contaminação e mortes. A conselheira contatou o banco e o VP de Rede deve visitar a capital na próxima sexta-feira.
“Temos observado que, embora contribua na divulgação de informações fundamentais no processo de pagamento do auxílio emergencial, muitas vezes a imprensa coloca a culpa no empregado da Caixa, o que absolutamente não é correto. Todos estão comprometidos com o trabalho, em home office ou nas agências, sob pressão dobrada, da direção e dos usuários, e além do expediente em finais de semana a jornada diária extrapola o horário normal. Não cabe ao bancário orientar à sociedade, mas sim ao governo federal, que demonstra seu descaso com essa população”, afirma Rita.
Ela lembra ainda que nesta segunda, a partir das 19h, estará na live que discute o papel dos bancos públicos junto com representantes de trabalhadores de outras instituições: Basa, BNB, BNDES e Banco do Brasil, a partir das 19h pelo canal de Facebook da gestão Rita Serrano e do Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas, do qual é coordenadora (imagem abaixo).
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