Representantes de trabalhadores eleitos para conselhos de administração da Caixa, BB, BNDES, Basa e BNB destacam papel dessas instituições para o desenvolvimento do País. Conselheiros de Administração eleitos pelos trabalhadores em bancos públicos federais brasileiros divulgaram ontem (29), durante o seminário O Brasil é nosso, em Brasília, um manifesto em defesa dessas instituições. Assinam o documento os conselheiros Maria Rita Serrano (Caixa), Débora Fonseca (Banco do Brasil), Willian Saab (BNDES), Inálio Vieira Cruz (Basa) e Rheberny Oliveira (BNB).
O texto destaca a importância dessas empresas, pois “sempre exerceram um preponderante papel na economia do País, atuando de forma decisiva no desenvolvimento econômico nacional”; sua atuação como “instrumentos de políticas anticíclicas (que) pode, também, ser fator de estabilização econômica, do nível de emprego e renda” ; “na expansão da oferta de financiamentos vultosos e de longo prazo de maturação em projetos de investimento em infraestrutura, rural e industrial, bem como no setor imobiliário”, no qual “BNDES, BB e Caixa destacam-se pelo volume de crédito e pelo efeito de transbordamento positivo gerado pela aplicação dos recursos nessas áreas”.
Para a conselheira Rita Serrano o manifesto ganha grande importância na atual conjuntura, em que todas as empresas públicas e seus trabalhadores estão ameaçados, e representa uma iniciativa inédita de união entre os conselheiros – o conselheiro eleito é conquista relativamente recente, criada por lei durante o governo Lula (lei 12.353). Em outros países, como a Alemanha, por exemplo, desde o final da Segunda Guerra Mundial metade dos integrantes de conselhos de empresas públicas e privadas é eleito, num modelo chamado de cogestão.
“Manifestamos nosso repúdio ao direcionamento político e econômico do governo que aponta para a mais profunda aplicação dos princípios neoliberais, em linha direta de ataque à democracia e às instituições, negando a importância das estatais para o desenvolvimento sustentável da Nação e projetando o desmonte do patrimônio público construído pelo povo brasileiro. Faz-se imperativa a retomada das bases que sustentam a soberania nacional através da luta e organização dos trabalhadores e de todas as frentes populares e parlamentares que primem por uma sociedade mais justa e democrática, às quais nos somamos e declaramos nosso mais amplo e irrestrito apoio”, conclui o documento.
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