Hoje, 30 de agosto de 2024, é o meu último dia como empregada da Caixa, e é uma sensação estranha, afinal, foram 35 anos intensos de dedicação ao trabalho, à defesa da Instituição, à representação dos empregados no sindicato, no Conselho de Administração e, por fim, à tarefa desafiadora de ser presidenta do maior banco público da América Latina. Toda essa história que me orgulha foi percorrida junto com muitos outros personagens: colegas, entidades, assessores, dirigentes, parceiros de luta e de vida. Afinal, somos seres sociais, ninguém faz nada sozinho.
Juntos alcançamos metas, vitórias, partilhamos alegrias e conquistas. Nem tudo deu certo, havia “pedras no meio do caminho”, como dizia Drummond, mas ficou o aprendizado, a experiência, a resiliência e a persistência. Encerro esse ciclo com a fala de uma colega da Bahia, que conheci em 2023, quando estava presidenta da Caixa.
Durante uma reunião com empregados em Salvador, ela deu um importante relato: “Quando entrei na Caixa, no curso de integração, me perguntaram onde eu me imaginava estar quando completasse 10 anos de banco. Pensei e logo respondi: quero estar como presidente. Todos riram, caçoaram. Hoje, ao ver uma mulher, de carreira, que foi sindicalista, eleita para representar os empregados no CA, nesse cargo, eu vejo o quanto isso nos trouxe esperança, inspiração e possibilidades. Eu também posso.”
Quando me lembro desse episódio,, fico emocionada, porque se minha trajetória cumpriu a missão de estimular pessoas e, principalmente mulheres, a se enxergarem como protagonistas, é porque valeu o esforço e as batalhas.
Sigo em frente, atuando por um mundo melhor, partilhando da minha experiência e percorrendo novas trilhas.
35 Anos de História na Caixa
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