Caixa chega aos 161 anos, graças ao protagonismo dos empregados e confiança da população brasileira.

161anoscaixaartigoA Caixa Econômica Federal chega aos 161 anos. Fundada no Império, passou pelo nascimento da República, pelos governos de Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek, militares, abertura democrática, governos liberais, democrático-populares e sobreviveu até os dias de hoje pela capacidade de superação, e porque, como outras empresas públicas, cumpriu um papel fundamental para o crescimento e desenvolvimento do país.

A Caixa adquiriu ao longo dos anos, notoriedade na gestão de políticas públicas. Falar de sua constituição é descrever um processo inovador e ousado. Criada ao final do século XIX, em um momento em que se intensificava o sonho da liberdade no país.  Essa relação do banco com o sonho dos brasileiros permanece até hoje. Atualmente, é o caso do apoio da instituição para que todos tenham uma conta bancária, viável por meio da conta Caixa Fácil e agora com a poupança digital. Outro sonho que a Caixa ajudou a tornar realidade é o da casa própria, com o Programa Minha Casa Minha Vida. O sonho de ganhar nas loterias, na Mega da Virada.  Enfim, a Caixa dá vazão ao sonho da melhoria de vida, da ascensão social e de um futuro melhor.

Em 2020, fomos acometidos pela pandemia da COVID 19 e, mais uma vez, como em outros momentos históricos do Brasil, como a incorporação do Banco Nacional da Habitação (BNH), na década de 80; centralização das contas do FGTS, 1991; gerenciamento do Bolsa Família, 2003; os trabalhadores da Caixa foram desafiados.

Os empregados, verdadeiros protagonistas dessa longa história, concursados, comprometidos, com alta escolaridade, mesmo sob risco de contágio, pressionados, ficaram na linha de frente e deram conta de atender, em tempo recorde, metade da população brasileira, algo em torno de 120 milhões de pessoas.

A população brasileira, mesmo fazendo criticas a falta de pessoal suficiente para garantir um melhor atendimento, valoriza e reconhece o papel da Caixa. Em todas as últimas pesquisas de opinião realizadas por grandes institutos, como Datafolha, afirmam, por ampla maioria, ser contra a privatização da Caixa.

Não obstante a isso, a política do governo de privatização das operações e ativos do banco vem acontecendo, o que tende a enfraquecer sua autonomia e sustentabilidade no médio prazo.

A atuação e os investimentos estatais também podem ser fatores de estabilização econômica, do nível de emprego e da renda, na medida em que, por não obedecerem apenas à lógica de mercado, asseguram um mínimo de expansão da demanda agregada, atuando como instrumento de políticas anticíclicas, em momentos de crise, como a que vivemos nesse momento.

Se hoje o Estado conta com um banco público centenário, do porte da Caixa, que pode ser usado para o crescimento do país ou mesmo em momentos de calamidade pública, é porque ao longo de muitos governos, incluindo o atual, os empregados, entidades sindicais e associativas, e movimentos organizados empunharam a bandeira da defesa de manutenção do banco público frente às iniciativas de privatização.

Só desta forma, 100% pública e íntegra, a Caixa estará pronta para continuar por mais 161 anos a servir e fazer a diferença na vida dos brasileiros.

Rita Serrano

Conselheira de Administração representante dos empregados da Caixa

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